Breve Historial do Rancho Folclórico da Matela
A Matela é uma freguesia constituída por duas aldeias , - Matela e Moradia - que pertence ao concelho de Penalva do Castelo, distrito de Viseu. Fica situada num alto sendo rodeada por outras terras pertencentes a ouros dois concelhos, nomeadamente, Fornos de Algôdres e Aguiar da Beira. A Matela é uma aldeia que, embora pequena é humilde e acolhedora.
A ideia de formar um Rancho surgiu em fins de 1986, mas não passaria de uma ideia apenas, pois não havia acordeonistas para poderem formar o grupo. Seria só no ano de 1990 que se fundou o Rancho Folclórico da Matela actuando em várias festas tradicionais e em eventos levados a cabo pela Câmara Municipal de Penalva do Castelo. Este acabaria por ter de interromper as suas actuações em 1996, durante cerca de 4 anos por motivos profissionais de alguns dos seus elementos.
Foi então no ano 2000, que surgiu novamente a hipótese de reiniciar este grupo, e com a ajuda de pessoas, voltou a formar-se o grupo, embora com algumas dificuldades. Desde então, o Rancho Folclórico da Matela nunca mais parou, tendo actuado em várias festas tradicionais do concelho e fora, Festivais de Folclore e também em organizações para a angariação de fundos para instituições mais carenciadas.
O Rancho Folclórico da Matela, tenta manter vivo os usos e costumes dos seus antepassados, e por estas razões os seus trajes e instrumentos representam as actividades praticadas antigamente, pelo povo Matelense, como por exemplo, a vida do campo, a pastorícia, o fabrico do queijo, etc., actividades da qual dependiam os seus habitantes. De hoje em dia estas ultimas actividades praticam -se em menor quantidade, mas há quem participe anualmente nas feiras do queijo da serra da Estrela nas redondezas.
Os trajes e instrumentos que utilizam são típicos da sua região e reflectem o dia-a-dia de outros tempos, dedicados principalmente, à vida de campo. Os trajes incluem o do pastor e queijeira, resineiro (actividade esta que deixou de existir), ceifeiros, os trajes de romaria e da classe social mais elevada e ainda outros trajes rotineiros da vida de campo.
As suas músicas traduzem aquilo que antigamente se cantava nos longos dias de trabalho, para assim poderem passar o tempo e ainda músicas que se dançavam nos domingos à tarde, para animar os jovens Matelenses, ao fim de uma semana dura da vida do campo ao toque de guitarras e acordeão.